Guia de Investimento e Comércio da Hungria 2024: Informações estratégicas para os membros da APCIC

Funcionário da APCIC1 mês atrás1638 min

A Confederação do Comércio e Indústria da Ásia-Pacífico (APCIC) tem o prazer de apresentar este guia sobre a Hungria, uma economia em rápido crescimento na Europa Central com importância estratégica como centro de comércio e investimento. Este relatório fornece informações sobre a paisagem económica da Hungria, as principais indústrias, as políticas comerciais, o quadro fiscal e as recomendações estratégicas para os membros da APCIC que exploram oportunidades neste mercado dinâmico e bem conectado.


1. Panorama económico

A Hungria, com um PIB de aproximadamente $220 mil milhões em 2023, é uma das economias de crescimento mais rápido da Europa Central. Conhecida pela sua localização estratégica, mão de obra qualificada e forte base de produção, a Hungria é uma porta de entrada fundamental para os mercados europeus.

Principais indicadores económicos:

  • crescimento do PIB: Estimado em 3,5% em 2023, impulsionado pelas exportações, produção industrial e investimento direto estrangeiro (IDE).
  • População: Cerca de 9,6 milhões, com um elevado nível de urbanização e de educação.
  • Taxa de inflação: Moderado para 5,6% em 2023, reflectindo políticas monetárias e orçamentais eficazes.

2. Principais sectores de atividade

A economia da Hungria é diversificada, com pontos fortes em sectores tradicionais e emergentes:

  • Automóvel: Um importante centro de fabrico de veículos e componentes, que acolhe empresas globais como a Audi, a Mercedes-Benz e a BMW.
  • Eletrónica e TIC: Um líder na produção de eletrónica e um centro emergente para o desenvolvimento de software e serviços digitais.
  • Produtos farmacêuticos e biotecnologia: Sede de empresas inovadoras como a Gedeon Richter, a Hungria é um forte ator na investigação médica e na produção de medicamentos.
  • Agricultura e agroalimentar: Conhecido pelas exportações de cereais, vinho e carne de alta qualidade, com uma ênfase crescente nos produtos biológicos e sustentáveis.
  • Energias renováveis: Os investimentos em energia solar, eólica e geotérmica estão em conformidade com os objectivos de sustentabilidade da Hungria.
  • Turismo e hotelaria: Cidades icónicas como Budapeste atraem milhões de visitantes anualmente, oferecendo oportunidades no turismo de luxo e cultural.

3. Políticas comerciais

As políticas comerciais da Hungria são moldadas pela sua pertença à União Europeia (UE) e por parcerias regionais estratégicas:

  • Adesão à União Europeia: A Hungria beneficia do acesso ao mercado único da UE e dos acordos de comércio livre (ACL) negociados pela UE com economias mundiais.
  • Integração comercial da Europa Central: A participação da Hungria no Grupo de Visegrád (V4) reforça a sua influência no comércio regional.
  • Economia orientada para a exportação: As políticas comerciais privilegiam as exportações de elevado valor, como as peças para automóveis, a eletrónica e os produtos farmacêuticos.

4. Enquadramento fiscal

A Hungria oferece um dos ambientes fiscais mais competitivos da Europa:

  • Imposto sobre as sociedades: Uma taxa fixa de 9%, a mais baixa da UE, torna a Hungria muito atractiva para os investidores estrangeiros.
  • Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA): Fixada em 27%, com taxas reduzidas de 5% e 18% para certos bens e serviços.
  • Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares: Taxa fixa de 15%, com incentivos adicionais para as famílias e profissões específicas.
  • Incentivos ao investimento: Estão disponíveis reduções fiscais, subvenções em dinheiro e subsídios para projectos em sectores prioritários como a I&D, as energias renováveis e a indústria transformadora de alta tecnologia.

5. Clima de investimento

A Hungria oferece um ambiente estável e favorável às empresas para o comércio e o investimento:

  • Localização estratégica: Situada no coração da Europa, a Hungria funciona como um centro logístico e comercial para a UE e as regiões vizinhas.
  • Mão de obra qualificada: Uma mão de obra com um bom nível de formação, especializada em engenharia, TI e cuidados de saúde, apoia o crescimento do sector.
  • Infra-estruturas: Redes de transporte modernas, infra-estruturas digitais e parques industriais permitem operações comerciais eficientes.
  • Ecossistema de inovação: O apoio governamental à I&D e às iniciativas de arranque promove o crescimento da tecnologia e da inovação.

6. Recomendações estratégicas

Para os membros da APCIC que estão a considerar investimentos ou comércio na Hungria:

  1. Expandir na produção automóvel: Tirar partido do ecossistema automóvel estabelecido na Hungria para produzir veículos e componentes para os mercados mundiais.
  2. Investir na eletrónica e nas TIC: Estabelecer parcerias com empresas húngaras de produção eletrónica, desenvolvimento de software e serviços digitais.
  3. Participar em projectos de energias renováveis: Explore iniciativas solares, eólicas e geotérmicas alinhadas com os objectivos de energia verde da Hungria.
  4. Explorar as exportações agro-alimentares: Colaborar com os produtores locais para exportar vinho de qualidade, cereais e produtos alimentares biológicos.
  5. Atuar no domínio dos produtos farmacêuticos e da biotecnologia: Investir na investigação médica, na produção de medicamentos e na inovação biotecnológica.
  6. Foco no turismo e na hotelaria: Desenvolver hotéis de luxo, atracções culturais e empreendimentos de eco-turismo em destinos populares como Budapeste e o Lago Balaton.

Conclusão

O sistema fiscal competitivo, a mão de obra qualificada e a localização estratégica da Hungria fazem dela um destino privilegiado para o comércio e o investimento na Europa Central. Os membros da APCIC são encorajados a utilizar este guia para explorar as oportunidades da Hungria e estabelecer uma presença forte nesta economia em rápido crescimento.

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